O grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) aproveitou-se do fim de semana para soltar mais duas pesquisas que forçam uma barra pela reeleição do comunista em primeiro turno. Já multado por vários delitos eleitorais na mídia, Dino insiste em utilizar-se dessas pesquisas para criar um ambiente a seu favor.
É uma espécie de autoenganação. Dino sabe que os números divulgados incompletos – curiosamente diante do TRE e da Procuradoria-Regional Eleitoral – apenas fantasiam sua própria situação, que, aliás, pode ser vista nas ruas de cidades como Rosário e Dom Pedro, como ocorreu no fim de semana.
As pesquisas estão incompletas porque não trazem os dados sobre votos nulos, em branco e eleitores indecisos. E esses dados somem para que os índices de Dino subam às alturas. Mas os próprios institutos se denunciam quando põem os números nominais. Nesse caso, Dino varia abaixo da linha de corte para a vitória em primeiro turno. Ou seja, as pesquisas contratadas pelo comunista tentam criar um ambiente que não existe na campanha, o de vitória em primeiro turno.
Mas o governador quer forçar isso porque sabe que as coisas ficam mais difíceis para ele no segundo turno, caso tenha que enfrentar um adversário num tête-à-tête. E pelo temor que ele tem disso, já se vê os riscos que ele corre.
Novo Ibope – A próxima pesquisa do Ibope, que serve de referência para todos os grupos políticos – mesmo os que não gostam do instituto -, deve ser divulgada por volta do dia 15 de setembro.
Mas uma outra pesquisa, esta do Instituto Escutec, deve sair nos próximos dias. Os dois costumam pôr ordem na confusão que os institutos pagos pelo Palácio dos Leões fazem.
Estado Maior