O Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís, volta a ser alvo de graves denúncias, desta vez envolvendo não apenas um supervisor do setor de enfermagem, mas também a supervisora do setor de nutrição. Em ambos os casos, são apontados abuso de poder, perseguições e um ambiente de trabalho tóxico que afeta diretamente a saúde mental dos funcionários.
Nos últimos dias, veio à tona um documento assinado por 15 profissionais do setor de enfermagem da Central de Materiais e Esterilização (CME), denunciando humilhações, retaliações e práticas de assédio moral por parte de um supervisor. As alegações, que incluem mensagens inapropriadas fora do horário de trabalho e ausência de suporte nas demandas diárias, levaram alguns funcionários a buscar tratamento psicológico e psiquiátrico.
Entretanto, este não é o único setor do hospital envolvido em polêmicas. Denúncias antigas apontam problemas similares na área de nutrição, onde a supervisora responsável ocupa o cargo há mais de 16 anos. Relatos indicam que ela mantém uma postura truculenta e de perseguição a colegas nutricionistas. Essas queixas incluem diversas acusações, como ligações políticas da gestora com grupos de oposição ao governo estadual e suposta proteção institucional, que teria abafado outras denúncias no passado.
Histórico de Negligência
Além do clima de opressão relatado, as denúncias também levantam suspeitas sobre a inércia das autoridades de saúde em agir diante de problemas recorrentes. Apesar das graves alegações, a supervisora do setor de nutrição permanece no cargo, assim como o supervisor acusado no setor de enfermagem.
Organizações locais vêm cobrando uma auditoria ampla no hospital, alegando que a substituição de gestores não pode ser negligenciada diante do impacto das denúncias. “O hospital sofre com uma gestão que parece ser blindada, mesmo com tantas provas de má administração e comportamento inadequado”, declarou um representante de uma associação de servidores.
Um Chamado à Investigação
Diante da gravidade do caso, é evidente a necessidade de uma intervenção direta da Secretaria Estadual de Saúde (SES). As recentes revelações reforçam o apelo para que uma auditoria interna seja realizada não apenas no setor de enfermagem, mas também no de nutrição e em outras áreas do hospital.
A crise administrativa e as denúncias de assédio moral no Hospital Aquiles Lisboa são mais um reflexo das dificuldades enfrentadas no sistema público de saúde. É crucial que as autoridades não apenas ouçam os funcionários, mas tomem providências concretas para garantir um ambiente de trabalho ético e humanizado.
Em tempos 1: Nos dias atuais, é importante destacar que o Hospital Aquiles Lisboa está sob a gestão de um indicado pelo deputado de oposição ao governo Carlos Brandão, Carlos Lula. Além disso, o hospital conta com mais de 30 indicações ligadas ao deputado, em parceria com Raul Fagner, ex-candidato a vereador e presidente municipal do PCdoB. Resta a pergunta: até quando essa situação será mantida como um possível reduto eleitoral? A palavra está com o governador Carlos Brandão.
Em tempos 2: Atualmente, a resistência em tomar providências e exonerar os dois “chefes” acusados é vista como uma estratégia deliberada para desgastar a imagem do governador Brandão na região do Itaqui-Bacanga, especialmente nos setores de enfermagem e nutrição. Além disso, busca-se demonstrar a força política de um deputado oposicionista. “Lá ninguém mexe, quem manda somos nós”, respondeu um militante alinhado ao grupo político de Jerry.