Ao aceitar o convite de Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça, juiz federal Sérgio Moro confirma a armação jurídico-político-midiática para inviabilizar a esquerda e fazer os barões do Brasil voltarem ao poder; pior: o povo ainda acredita que, com ele, não haverá corrupção no governo
TROCA DE FAVORES. Moro construiu o cenário e Bolsonaro brilhou; agora Bolsonaro constrói o cenário para Moro atuar
Editoriais
O blog Marco Aurélio D’Eça foi um dos poucos no Brasil – e talvez o único no Maranhão – a apontar, desde sempre, o viés político e o objetivo claro de tomada de poder que estava por trás da operação Lava Jato desde o seu surgimento.
A percepção deste blog foi exposta em outros e nos seguintes posts abaixo:
O desgaste midiático do PT, o golpe em Dilma Rousseff (PT) e a prisão de Lula são partes desta ópera-bufa, cujo protagonista é o juiz Sérgio Moro.
Desde sempre posicionado politicamente, Moro atuou partidariamente para apear os petistas do poder, enquanto sua mulher fazia campanha para a direita nas redes sociais – campanha que se intensificou com a ascensão de Bolsonaro.
TIRADO DE CENA. A prisão de Lula era parte do script para pavimentar o caminho até o STF, via Bolsonaro
Ao aceitar assumir o Ministério da Justiça no governo que ele mesmo ajudou a eleger, Moro não apenas mostra que estava agindo parcialmente contra Lula e contra o PT, mas também confirma que é apenas só mais um político de toga, interessado apenas em poder.
A ida dele para o Ministério da Justiça é só o primeiro passo; o objetivo final é a chegada ao Supremo Tribunal Federal, que deve ocorrer já em 2019.
Estas linhas críticas, hoje serão massacradas por bolsomínions ainda entorpecidos pela vitória do seu líder e por tolos ingênuos, inocentes úteis, que acham que o juiz no ministério é a garantia de que não haverá corrupção no governo bolsonarista.
Pura tolice.
Mas como este blog se acostumou a escrever não para o hoje, mas para o amanhã, vai receber as pancadas – como tem recebido historicamente – até que o tempo dissipe as cortinas de fumaça ainda erguidas nestas eleições.
E lá na frente, mais cedo ou mais tarde, todos darão razão que agora se lê.
É aguardar e conferir…
Por Marco Aurélio D’Eça