Desde a semana passada, estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), campus de São Luís, estão sem acesso aos serviços do Restaurante Universitário (RU), o que vem gerando descontentamentos haja vista não haver informações claras sobre os reais motivos da suspensão do fornecimento das refeições. As versões vão de contingenciamento de verbas (ou corte como preferem os opositores do governo federal para classificar as medidas do Ministério da Educação) à necessidade de reparos na estrutura do prédio e dos equipamentos, passando por inadimplência com fornecedores.
Num Comunicado Importante, que se resume a uma curta nota de apenas cinco linhas, publicada no site da instituição, e disponibilizada a Maranhão Hoje, a direção da Uema dá argumentos para todas as versões que circulam, dentro e fora do campus, pois menciona reajustes contratuais e reparos técnicos nas instalações.
Eis a nota:
- A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) informa que o Restaurante Paulo VI, em São Luís, teve o fornecimento de alimentação (almoço) interrompido em razão de reajustes contratuais e reparos técnicos nas suas instalações. A Uema ressalta que está trabalhando para normalizar o funcionamento no mais breve espaço de tempo possível.
Maranhão Hoje tentou um contato com a direção da Universidade, mas não obteve sucesso, além do envio do comunicado, já que a maioria dos telefones estava indisponível, sem um complemento sobre quantas refeições deixaram de sere fornecidas, previsão de volta dos serviços e alternativas para os estudantes até a solução do problema.
Crise – Informações de professores, funcionários e alunos, no entanto, dão conta de crise financeira na instituição de ensino superior estadual por conta de alguns contingenciamentos, “nos mesmos moldes dos adotados pelo governo federal”, segundo um professor do Curso de Administração. Ele disse que, dificilmente a Reitoria dará uma posição que contrarie o governador Flávio Dino (PCdoB), mas é fato que Uema enfrenta uma séria crise financeira.
A escassez de recursos estaria relacionada também à partição de orçamento com a recém-criada Universidade Estadual da Região Tocantina (Uema Sul), que assumiu a estrutura do campus de Imperatriz.
Além da falta de verbas para custeio, diversas obras que foram iniciadas em 2018, no período que antecedeu às eleições para governador, estão paradas ou em ritmo lento. Um engenheiro de uma das construtoras contratadas para obras de melhoria urbanas e prediais teria informado que sua empresa não recebe repasse há meses por isto optou por suspender os trabalhos até que os pagamentos sejam regularizados.
Por Aquiles Emir