Em resumo, o governador Flávio Dino abandonou o Maranhão para focar em seu projeto nacional baseado na polarização ideológica com o presidente Bolsonaro. Na ânsia de atacar o presidente, o governador entra em contradição quando critica Bolsonaro de atitudes iguais às que ele faz aqui. Inacreditável!
Flavio Dino reclamou de perseguição e fez o seguinte comentário no Twitter:
“Independentemente de suas opiniões pessoais, o presidente da República não pode determinar perseguição contra um ente da Federação. Seja o Maranhão ou a Paraíba ou qualquer outro Estado. “Não tem que ter nada para esse cara” é uma orientação administrativa gravemente ilegal.”
E continua:
“Eu respeito os princípios da legalidade e impessoalidade (art 37 da Constituição).”
Explicitando a falta de coerência do governador, lancei uma nota definindo a hipocrisia contida na declaração acima:
“O Sr. Governador Flávio Dino (PCdoB), o maior perseguidor da história do Maranhão, está reclamando nas redes sociais porque o Presidente Bolsonaro falou que “não ia dar nada para esse cara.” Como deputado de oposição nunca tive as minhas emendas parlamentares pagas, recursos que iriam para a Saúde, Educação, Segurança, Cultura… Os servidores, prestadores de serviço, empresários, médicos que trabalham para o governo estadual, deputados e prefeitos, sabem a regra: se contrariar os comunistas serão demitidos ou perseguidos. Mais de vinte jornalistas estão sendo processados por ele no Maranhão. Foi criada uma Secretaria de Estado só para montar processos contra adversários políticos. O Brasil também ficou sabendo do uso da polícia para mapear adversários políticos na capital e no interior. Quando Flávio Dino fala que Bolsonaro cometeu um crime, é bom saber que práticas muito piores são cometidas pelo governador aqui no Maranhão.”
Ainda no contexto de polarização, Flávio Dino comenta sobre economia nacional:
“Inflação abaixo do centro da meta permite corte de juros e mais créditos para as empresas. É urgente a ampliação de obras públicas. E um programa emergencial de socorro as famílias endividadas, para melhorar a demanda. Há caminhos. Mas é preciso ter foco no Brasil.”
Ora, não se pode querer dar pitaco em economia nacional sem antes fazer o seu dever de casa no estado em que governa. Sobre isso opinei:
“Quem é Dino para falar em economia nacional? Antes dele o PIB daqui crescia acima da média nacional. Hoje cai mais do que a de outros estados. O número de pobres aumentou em 300 mil, o desemprego disparou, o governo quebrou… Cinismo incontrolável.”
Flávio Dino ainda arrisca falar em justiça social pela reforma tributária:
“O maior objetivo da Reforma Tributária deve ser o combate a desigualdade e à cruel concentração de renda. Isso que determina o artigo 3º da Constituição Federal. Só com mais justiça social teremos desenvolvimento sustentável.”
No entanto, no Maranhão, como sabemos, a marca de seu governo é justamente o oposto disso:
“Flávio Dino fala em Reforma Tributária com combate à desigualdade. Esqueceu-se que aumentou os impostos estaduais 3 vezes. Três! Segundo estudos, aumentos em ICMSs afetam mais os pobres do que os ricos.”
Pois bem, assim como dizia Abraham Lincoln, o governador pode enganar a todos por algum tempo, pode enganar alguns por todo o tempo, mas não pode enganar a todos todo o tempo.
Por Adriano Sarney
Deputado Estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.
Email: jadrianocs@post.harvard.edu
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