Uma tentativa de apaziguamento político no Maranhão esbarrou em uma decisão firme do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. O clã liderado pelo governador Carlos Brandão, representado por Marcus Brandão, apresentou uma proposta de cessar-fogo político que previa a devolução de espaços estratégicos e a recomposição de alianças na Assembleia Legislativa. Contudo, Dino optou por manter o enfrentamento, ampliando a crise que permeia o Palácio dos Leões.
Durante reunião em São Luís, o grupo de Brandão colocou na mesa condições para encerrar as tensões com os comunistas e socialistas. A proposta incluiu a retirada de obstáculos no Legislativo e no STF, a garantia de apoio ao nome indicado pelo grupo para o Quinto Constitucional e a permanência de Daniel Brandão no Tribunal de Contas do Estado. Além disso, Carlos Brandão sinalizou sua disposição de concorrer ao Senado Federal, o que abriria espaço para o vice-governador Felipe Camarão assumir a liderança estadual e disputar a reeleição em 2026.
Os emissários do clã levaram a oferta ao ministro Flávio Dino, que teria a palavra final antes de uma possível reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa era de que Dino viabilizasse um encontro que simbolizasse a pacificação, mas, contrariando as esperanças de Brandão, Dino rejeitou o acordo e reforçou a necessidade de manter a pressão sobre o grupo político adversário.
A decisão de Flávio Dino representa um duro golpe para o clã Brandão, que vê suas articulações políticas ameaçadas. Dino, por sua vez, aposta na continuidade do confronto, sinalizando que o grupo não cederá espaço aos adversários no cenário político maranhense.
Com a rejeição do acordo, o clima de tensão persiste. O governador Carlos Brandão enfrenta novos desafios para garantir estabilidade à sua administração, enquanto seus adversários mantêm a ofensiva nos bastidores do poder.
Analistas políticos avaliam que essa disputa pode ter reflexos não apenas na política estadual, mas também no cenário nacional, envolvendo nomes de peso como Flávio Dino e o próprio presidente Lula.
A crise permanece em aberto, com desdobramentos esperados nas próximas semanas, enquanto o Maranhão assiste a uma batalha de forças que definirá o futuro político do estado.