A questão de impostos versus chegada de empresas ao Maranhão ainda permanece em debate. O assunto esquentou após o secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, afirmar que o senador Roberto Rocha (PSDB) “torce contra o estado” por ter apontado a impossibilidade de implantação de uma cervejaria no Maranhão por causa da elevada alíquota do ICMS praticada no estado.
Rocha respondeu ao secretário. Garantiu que não há torcida contra o Maranhão, mas tão somente a constatação de que o imposto cobrado no estado é um dos mais altos e os incentivos fiscais dados até o momento pela gestão de Flávio Dino (PCdoB) praticam a concorrência desleal.
Mas o que chama atenção em todo o debate é que o governo comunista tem justificativas aceitáveis sobre a redução do ICMS para cervejas produzidas de mandioca, porque a produção deste tipo de produto contribui com a cadeia produtiva que vai desde o pequeno produtor no interior do estado até a fábrica que emprega centenas de pessoas.
Mas Simplício Araújo optou pelo caminho mais frágil (e comum, quando se trata de governo Dino) que é tentar desqualificar quem faz a crítica. E o motivo? Falar em imposto, seja sobre redução de alíquotas para aquecer a economia local, é um tabu no governo do Maranhão.
Vistos como um dos pontos mais fracos do governo, os três aumentos de impostos em quatro anos não devem ser tratados de forma alguma, mesmo quando trará benefícios à imagem da gestão.
Fim do ICMS – O senador Roberto Rocha disse ainda que, por causa do uso indevido do ICMS por governantes, ele propôs em seu relatório da Reforma Tributária o fim do imposto.
Segundo o tucano, o ICMS não tem vocação para incentivos fiscais por riscos de gerar concorrência desleal.
“Por isso, vamos acabar com o ICMS, que não é vocacionado para incentivos fiscais”, garantiu o senador maranhense.
Estado Maior