Por LINHARES
Às vésperas do período eleitoral, o governador Flávio Dino (PCdoB) não tem poupado esforços na tentativa de garantir a reeleição e algumas de suas atitudes são consideradas suspeitas para a manutenção da igualdade de forças entre os pré-candidatos.
O comunista começou a criar grêmios estudantis às vésperas da campanha eleitoral, usando a estrutura da Secretaria de Educação. Para o Governo, apenas uma forma tradicional no país de dar voz à garotada. Para a oposição, conota formação de comitês políticos disfarçados nas escolas públicas.
Um grêmio estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola, ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. Na prática, o PCdoB passa a formar comitês políticos no ambiente escolar, que se estende as famílias, e avança sobre um público que pode votar, mas não é obrigado. A legislação eleitoral permite o voto a partir dos 16 anos, porém ele é obrigatório apenas aos 18 anos.
“Coincidentemente” os jovens que participam dessas reuniões são alinhados à ideologia da esquerda. Em um desses encontros, 500 meninos e meninas estiveram reunidos na capital entre os dias 19 e 22, com hospedagens pagas pelo Estado.
A oposição promete questionar os “grêmios” criados a “toque de caixa”.