Advogados especialistas em Direito Eleitoral avaliam que o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, pode ter complicado o governador Flávio Dino (PCdoB) ao pedir, em áudio, que servidores da Saúde mobilizassem suas equipes para ato de campanha do comunista.
Até mesmo gente próxima do Palácio dos Leões entende que o titular da SES passou do ponto na cobrança pela presença dos seus subordinados em um comício realizado no sábado (22), na Beira-Mar (foto acima).
“Só de uma forma o secretário Carlos Lula poderia escapar da denúncia de abuso de poder nesse caso: se negasse que a voz nos áudios era a dele”, argumenta um desses advogados.
A situação é especialmente delicada porque, apesar do tom aparentemente ameno usado pelo secretário, ele foi incisivo quanto à necessidade de presença dos servidores públicos – e de suas famílias, parentes, amigos, cachorros, periquitos e papagaios.
Em última análise, houve pressão…
“Eu preciso que vocês mobilizem. A gente precisa levar mil pessoas pro comício, pra gente botar 10 mil pessoas lá. Então vamos mobilizar todo mundo”, disse Lula em um dos áudios.
No outro, é mais contundente e diz que é preciso que “muita gente da Saúde” se faça presente.
“Eu preciso que a gente mobilize para o grande evento, no sábado, às 18h, lá na praça ali da Reffsa. A gente precisa botar muita gente da Saúde”, afirmou.
O caso deve ser levado nesta segunda-feira (24) à Justiça Eleitoral…
Ouça aqui os áudios.
Por Gilberto Léda