A entrevista do governador do Maranhão revela aspectos centrais de sua estratégia política e posicionamento dentro do cenário estadual e nacional. Há três pontos fundamentais: o afastamento de Flávio Dino, a reaproximação com a família Sarney e a defesa de uma postura pragmática na política.
O Afastamento de Flávio Dino e as Tensões no Maranhão
O governador confirma que sua relação com Flávio Dino, ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), esfriou após a nomeação deste para a Corte. Ele sugere que um grupo próximo a Dino tem influenciado decisões que afetam seu governo, especialmente em relação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e nomeações de familiares. O trecho em que afirma que “depois de governar, é preciso esquecer que foi governador” é uma crítica velada a Dino, sugerindo que este ainda exerce influência política no estado, o que estaria gerando atritos.
Ao criticar a interferência do STF, o governador expressa incômodo com a judicialização da política local e reforça um discurso contra interferências externas. Essa posição pode ser lida como um aceno a setores que veem com desconfiança o ativismo judicial, aproximando-o de políticos que defendem maior autonomia dos estados e menos protagonismo do Judiciário.
A Reaproximação com a Família Sarney e o Pragmatismo Político
Outro ponto marcante é a mudança de postura em relação à família Sarney. Ele destaca que, embora tenham sido adversários políticos no passado, agora estão alinhados. O MDB, tradicional partido ligado aos Sarney no Maranhão, tem participação em seu governo, e seu irmão assumiu a presidência estadual da legenda.
Essa movimentação sugere um pragmatismo político característico de governadores que buscam estabilidade e apoio amplo. Ao contrário de Flávio Dino, que mantém um discurso ideológico mais rígido contra os Sarney, o atual governador se apresenta como um político de diálogo, disposto a alianças para garantir governabilidade. Esse posicionamento também fortalece sua base política para 2026.
O Relacionamento com Lula, o Centrão e a Economia
O governador reforça seu alinhamento com o presidente Lula, mas faz críticas indiretas à condução da relação com os evangélicos e o agronegócio. Ele sugere que o governo deveria reduzir a carga ideológica no diálogo com esses setores, uma visão próxima à do Centrão, que valoriza uma abordagem mais pragmática.
Ele também defende a redução de impostos sobre alimentos para conter a insatisfação popular no Nordeste, um tema sensível para o governo Lula. A política de isenção de ICMS sobre a cesta básica em seu estado é apresentada como um exemplo de como o governo federal pode melhorar sua avaliação.
Por outro lado, ao defender um imposto sobre armas, munições, cigarros e aeronaves para financiar o programa “Maranhão Livre da Fome”, ele adota uma agenda social alinhada ao governo federal. Essa combinação de pautas populares e pragmatismo econômico reforça sua tentativa de se posicionar como um político equilibrado.
Análise política objetiva de acordo o editorial :
A entrevista mostra um governador que busca se consolidar como uma liderança pragmática, capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com setores mais conservadores da política. Seu afastamento de Flávio Dino sugere uma tentativa de se desvencilhar da forte influência do ex-governador, enquanto sua aproximação com os Sarney reflete um movimento estratégico para ampliar sua base de apoio.
Ao defender menos ideologia na relação com o agro e os evangélicos e criticar a interferência do Judiciário, ele se posiciona como um político de centro, alinhado ao governo Lula, mas atento às demandas do Centrão. Sua postura sugere que ele busca viabilizar sua candidatura ao Senado em 2026 sem rupturas, mantendo uma base ampla e coesa, ou ele simplesmente fica na cadeira e elege o próximo governador e seus 2 senadores (01 do PT e 1 do PL)e sepulta de vez o dinismo no estado do Maranhão !
Outro ponto importante é que ele acena claramente para direita maranhense ! Se houver perseguição no judiciário ele junta hábilmente ao grupo dele nada menos que 857.744 votos ou seja 24,87% do eleitorado do estado ante dinismo e com certeza continua com mais ódio ainda do pseudo comunista,agora ministro do STF, que por sinal vai julgar Bolsonaro !
Cartas na mesa ( poker) o governador executou um Full House “Uma mão que possui uma trinca e um par, de cartas diferentes”.
Vale a pena esperar os próximos passos do que o Brandão chama de Grupelho opsss.. Digo grupinho.