A manipulação dos números da pesquisa Data Ilha – cujas irregularidades foram confessadas pelo próprio instituto à Justiça Eleitoral – deu uma certeza mais clara no Maranhão: o segundo turno das eleições para governador está definido no estado. E o governador Flávio Dino (PCdoB) de tudo faz para evitar esta possibilidade.
E o segundo turno não se define apenas pelos números manipulados do Data Ilha – apenas um entre vários com os mesmos problemas divulgados a partir do Palácio dos Leões. Essa definição se dá pelo potencial de crescimento dos principais adversários do governador comunista.
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB), por exemplo, não sai da disputa em primeiro turno com menos de 40% das intenções de voto, segundo todas as previsões. Além dela, é provável que tanto o senador Roberto Rocha (PSDB) quanto a ex-prefeita Maura Jorge (PSL), também tenham crescimento significativo, por conta, sobretudo, da força de seus candidatos a presidente – Geraldo Alckimin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL), respectivamente.
Numa outra ponta, está o ex-secretário Ricardo Murad (PRP), que também se movimenta forte como pré-candidato e já decidiu levar a candidatura até o fim. E se o deputado Eduardo Braide (PMN) decidir mesmo entrar na disputa, o quadro de segundo turno se consolida definitivamente.
Talvez até por esta característica deste pleito é que Flávio Dino decidiu usar números manipulados para catapultar sua candidatura. E acabou denunciado na Justiça Eleitoral.
Estado Maior