O Ministério Público de Contas (MPC) do Maranhão entrou com uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) solicitando medidas preventivas para conter indícios de má gestão no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI). Segundo o MPC, a unidade de saúde enfrenta escassez de medicamentos essenciais, enquanto altas despesas foram registradas sem comprovação de entrega dos itens adquiridos. A situação representa um risco direto à saúde dos pacientes e evidencia falhas graves na administração dos recursos públicos.
Entre as ações recomendadas, o MPC sugere a adoção do sistema Hórus, uma ferramenta gratuita oferecida pelo Ministério da Saúde que possibilita o controle rigoroso da gestão de medicamentos em hospitais públicos. Com o Hórus, seria possível monitorar estoques e fluxos de medicamentos em tempo real, garantindo uma gestão mais transparente e eficiente. A recomendação visa corrigir as falhas identificadas e assegurar o abastecimento contínuo de medicamentos, reduzindo a possibilidade de desperdício e desvios.
Além da implantação do sistema, o MPC solicita a responsabilização dos envolvidos na gestão do HMI. A representação pede ao TCE-MA que considere a aplicação de multas para garantir que os gestores públicos cumpram com suas obrigações legais e assegurem o uso adequado dos recursos destinados à saúde. Segundo o MPC, medidas rigorosas são necessárias para evitar que a situação se agrave, garantindo que os recursos sejam destinados a suprir as necessidades dos pacientes.
A ausência de medicamentos essenciais no HMI, conforme apontado pelo MPC, coloca em risco a saúde dos pacientes que dependem do hospital. A representação destaca que, sem esses itens, o atendimento fica prejudicado, comprometendo a recuperação e o bem-estar dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a falta de controle sobre os gastos coloca em dúvida a transparência na aplicação dos recursos públicos.
O caso chama a atenção para a necessidade de maior controle e transparência na gestão hospitalar, especialmente em instituições públicas. O Tribunal de Contas do Estado deve agora avaliar as medidas solicitadas, enquanto o Ministério Público de Contas permanece vigilante para garantir que as ações necessárias sejam tomadas para proteger a saúde da população e assegurar a integridade do orçamento público.