Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças de 3 a 5 anos de idade no país, o Ministério da Saúde realiza reunião para avaliar os dados apresentados pela agência.
De acordo com as informações obtidas pela analista de política da CNN Basília Rodrigues, o encontro será realizado pela pasta com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) até a próxima segunda-feira (18).
Além da reunião, o Ministério da Saúde também discutirá com o Instituto Butantan sobre a disponibilidade de doses da vacina.
Ampliação do uso da Coronavac
Os diretores da Anvisa votaram por unanimidade pela ampliação do uso da Coronavac em reunião pública realizada nesta quarta-feira (13).
Durante o processo, a Anvisa realizou exigências de dados e informações adicionais aos pesquisadores do Butantan. Além disso, buscou informações disponíveis sobre o uso da vacina em crianças no Chile e em estudos de efetividade realizados no Brasil com a população infantil e adolescentes vacinadas.
A Coronavac está autorizada para uso emergencial na população adulta no Brasil desde o dia 17 de janeiro de 2021. No dia 20 de janeiro, a agência autorizou o uso da vacina em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.
No dia 8 de julho, a Anvisa recebeu o pedido do Butantan de registro definitivo da Coronavac. O prazo de análise é de 60 dias.
Considerações da área técnica da Anvisa
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa Gustavo Mendes apresentou resultados dos estudos avaliados pela equipe técnica para a emissão da recomendação à diretoria da agência.
A equipe técnica da Anvisa concluiu que a totalidade das evidências científicas disponíveis sugerem que há indicativos de benefícios para a utilização da vacina na população pediátrica. Os especialistas recomendaram a ampliação da aplicação da Coronavac para crianças de 3 a 5 anos.
Deve ser utilizada a mesma dosagem do imunizante aplicado na população em geral, de 0,5 ml, com o mesmo esquema de duas doses com o intervalo de 28 dias. Para a recomendação, a equipe técnica considerou a ausência de tratamentos medicamentosos e vacinas aprovados para crianças nessa faixa etária.
Fonte: CNN Brasil