Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (25.nov.2020) pelo Tesouro Nacional. Eis a íntegra (440 KB). Segundo o órgão, os resgates totalizaram R$ 97,31 bilhões. As despesas com juros somaram R$ 35,78 bilhões.
A dívida pública é emitida para financiar o déficit orçamentário do governo, ou seja, para cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas. É uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de pagamento do país.
No momento, os investidores manifestam incertezas sobre o direcionamento da política fiscal brasileira e sobre novas ondas de infecção de coronavírus pelo mundo. Diante desse cenário, o custo médio da dívida aumentou e o prazo médio para o pagamento dos títulos diminuiu.
MERCADO INTERNO E EXTERNO
A dívida é repartida em interna e externa, sendo que a 2ª é custeada em moedas estrangeiras, principalmente o dólar –suscetível à variação cambial. Apesar disso, a maior parte é interna:
interna – R$ 4,39 trilhões (alta de 2,48% de setembro a outubro);
externa – R$ 252,59 bilhões (alta de 2,32% de setembro a outubro);
DIVISÃO DOS TÍTULOS
Em relação à composição da dívida, houve a seguinte variação:
taxa flutuante – participação caiu para 36,3%;
títulos prefixados – participação subiu para 32,8%;
índice de preços – participação caiu para 24,2%;
títulos atrelados à taxa de câmbio – caiu para 5,87%.
COMPRADORES
As instituições financeiras estão na 1ª posição entre os detentores da dívida (28,1% do total). Em seguida aparecem os fundos de investimento (25,8%) e os fundos de previdência (23,4%).
Os investidores estrangeiros (não-residentes) apresentaram acréscimo de R$ 25,19 bilhões no estoque, aumentando sua participação relativa para 9,8%. O coordenador de operação da dívida, Roberto Lobarinhas, disse que ainda é cedo para dizer se esse retorno é sustentável.
CUSTO MÉDIO E PRAZO
O custo médio acumulado de 12 meses, que influencia o ritmo de crescimento da dívida, aumento de 8,72%, em setembro, para 9,04%, em outubro.
O prazo médio da dívida caiu. Passou de 3,83 anos, em setembro, para 3,57 anos, em outubro.