A música brasileira perdeu neste domingo (20) uma de suas vozes mais marcantes. Preta Gil, cantora, empresária e ativista social, morreu aos 50 anos, nos Estados Unidos, em decorrência de complicações causadas por um câncer no intestino. A notícia foi confirmada por sua equipe, que destacou a força e coragem com que a artista enfrentou a doença.
Filha do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, Preta foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023. Após meses de tratamento intensivo, ela chegou a anunciar a remissão da doença no final daquele ano. Contudo, em 2024, o câncer retornou de forma mais agressiva, com metástases em outros órgãos, o que agravou seu estado de saúde nos últimos meses.
Conhecida por uma carreira artística multifacetada, Preta Gil lançou diversos sucessos ao longo dos anos, como “Sinais de Fogo” e “Só o Amor”. Fundadora do popular Bloco da Preta, ela se consolidou como uma das maiores atrações do carnaval de rua do Rio de Janeiro, reunindo milhares de foliões em celebrações marcadas pela alegria e representatividade.
Mais do que uma artista, Preta foi uma voz ativa em defesa de causas sociais. Combateu o racismo, a gordofobia e a homofobia com firmeza e sensibilidade, tornando-se referência em pautas ligadas à diversidade e à inclusão. Suas redes sociais e aparições públicas eram, frequentemente, palcos de discursos potentes em prol de uma sociedade mais justa.
Além da música, ela também brilhou como apresentadora, produtora e empresária, sempre com o olhar voltado para a valorização da cultura brasileira e a promoção de espaços mais inclusivos na mídia e no entretenimento.
Preta deixa o filho Francisco Gil, fruto de seu relacionamento com o ator e cantor Otávio Müller. Durante todo o período de tratamento, manteve seus seguidores informados, compartilhando momentos de esperança, superação e vulnerabilidade — que inspiraram e emocionaram o público.
Ainda não há informações sobre o velório e o local do sepultamento. A família pede respeito e privacidade neste momento de luto.
O Brasil se despede de uma mulher intensa, talentosa e comprometida com a transformação social. O legado de Preta Gil permanece vivo na música, na cultura e na luta por um mundo mais igualitário.















