A crise no futebol maranhense ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (28), quando a Federação Maranhense de Futebol (FMF) e oito clubes do estado divulgaram uma nota oficial criticando duramente a gestão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide. O principal alvo das reclamações é a falta de apoio da Prefeitura ao esporte local e a interminável reforma do Estádio Nhozinho Santos, que permanece fechado sem previsão de reabertura.
Estádio interditado e clubes prejudicados
Na nota, a FMF e os clubes denunciam que a paralisação das atividades no Nhozinho Santos tem causado sérios prejuízos ao futebol maranhense, afetando diretamente equipes como IAPE, Maranhão, Moto Club e Sampaio Corrêa, que disputam o Campeonato Maranhense e competições nacionais. Sem um estádio disponível, os clubes enfrentam dificuldades para mandar seus jogos, o que impacta a logística, a arrecadação e até o desempenho das equipes.
Os dirigentes destacam que, embora a principal justificativa para a interdição seja a iluminação do estádio, os jogos poderiam ser realizados durante o dia, minimizando os impactos para os clubes. No entanto, a Prefeitura mantém o espaço fechado sem apresentar soluções concretas ou uma data para a conclusão das obras.
Reflexos na economia e apelo aos vereadores
Além dos prejuízos esportivos, a Federação ressalta que o futebol movimenta a economia da cidade, gerando empregos diretos e indiretos em setores como alimentação, transporte, hospedagem e comércio informal. O fechamento do estádio tem causado impacto nessas áreas, afetando centenas de trabalhadores e reduzindo a arrecadação do município.
Diante do impasse, os clubes e a FMF fazem um apelo aos vereadores de São Luís para que cobrem providências da administração municipal. Eles alertam que a falta de infraestrutura esportiva compromete não apenas as competições locais, mas também a participação dos clubes em torneios nacionais como a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Nordeste.
Futebol maranhense à espera de respostas
Até o momento, a Prefeitura de São Luís não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Enquanto isso, torcedores, atletas e dirigentes aguardam uma solução para que o futebol maranhense volte a ter um de seus principais palcos à disposição.
A cobrança dos clubes e da FMF reflete o sentimento de indignação da comunidade esportiva, que vê o futebol local sendo deixado de lado por uma gestão que, segundo os críticos, não prioriza o esporte como deveria.