Infraestrutura, saneamento básico, transporte e educação foram as principais áreas destacadas pelos moradores da região do Itaqui-Bacanga durante audiência pública promovida pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da 4ª Promotoria de Justiça Distrital da Cidadania – Polo Itaqui-Bacanga. A audiência foi realizada na noite desta terça-feira, 4, no Iema, localizado na Vila Embratel.
O procurador-geral de justiça em exercício, Danilo Castro Ferreira, abriu a audiência pública, informando que o Ministério Público está buscando um local para instalar a Promotoria Distrital do Itaqui-Bacanga. “Estou muito feliz por estar representado o Dr Eduardo Nicolau, que é o procurador-geral. Ele me incumbiu de vir aqui e dizer que nós estamos procurando um local para fixar a Promotoria deste imenso distrito, para que vocês tenham acesso mais próximo possível do promotor de justiça que vai ouvir os anseios de vocês, as reclamações, as sugestões, os requerimentos, os pleitos de vocês”, ressaltou.
O promotor de justiça Antonio Coêlho Soares Júnior, que atualmente responde pela Promotoria Distrital do polo Itaqui-Bacanga, explicou que a proposta da audiência pública é ouvir a comunidade, saber quais são as prioridades em termos de necessidades, principalmente, no que diz respeito aos direitos fundamentais que estão previstos na Constituição. “Aquilo que a comunidade precisa, para que o Ministério Público possa contribuir, fazendo um papel de intermediação junto ao poder público, para resolver os principais problemas”, destacou.
Compuseram ainda a mesa de abertura o assessor especial da Secretaria Municipal de Governo Alex Paiva, representando o prefeito Eduardo Braide, e o tenente-coronel Diógenes, comandante do 1º batalhão da Polícia Militar.
PEDIDOS
Após a abertura da audiência pública, os moradores da área puderam se manifestar sobre as principais dificuldades enfrentadas em seus bairros.
Moradora do Gapara, Maria Olinda destacou seu descontentamento com o poder público, devido à falta de atenção com uma das maiores áreas da ilha de São Luís, que conta com mais de 15 mil moradores. Também relatou as dificuldades enfrentadas em relação ao transporte público da região como a carência de ônibus e a falta de manutenção. “Nós não estamos distantes, estamos bem aqui, mas esquecidos”, ressaltou.
Bianca Lima, também moradora do Gapara há mais de 20 anos, lamentou a falta de saúde básica no bairro a partir do relato de experiências pessoais enfrentadas por ela e por sua família, como, por exemplo, a impossibilidade que ambulâncias têm de alcançar sua rua, além dos desafios para a recepção de primeiros socorros. A infraestrutura precária nas praças, ruas e colégios da área também foi um dos problemas citados por ela. “Eu peço que olhem para nós, de verdade. Precisamos de vocês para visitarem nosso bairro e vejam que nós existimos lá também”.
Outros assuntos discutidos também foram a falta de água própria para uso, a falta de zona eleitoral e transporte público.
Redação: CCOM-MPMA
Fotos: Larissa Ribeiro