Médicos que prestam serviço em hospitais da rede estadual de Saúde do Maranhão devem se reunir nesta semana para discutir um portaria editada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que, segundo eles, pode culminar com a redução do valor de plantões, principalmente em unidades do interior.
O ato, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 30 de outubro, “estabelece a redução do teto das despesas” com a prestação de serviços de ginecologia/obstetrícia, anestesiologia, clínica médica, cirurgia geral, pediatria e ortopedia, na capital e no interior.
Determina, ainda, redução de 10% nos demais contratos.
Apesar da redação, o secretário da Saúde, Carlos Lula, sustenta que não haverá corte no valor dos plantões. A SES já emitiu uma nota sobre o caso (saiba mais).
Ao Blog do Gilberto Léda profissionais que atuam nas empresas médicas informaram no fim de semana que a portaria deve afetar, principalmente, aqueles que dão plantões em unidades no interior.
“Avaliando superficialmente, um dos mais afetados serão os plantonistas de UTI, principalmente no interior”, destacou um deles.
Isso se deve ao fato de que os valores estabelecidos como teto já são os praticados na capital. Mas, no interior, os contratos eram maiores, para garantir plantões mais rentáveis e estimular médicos a se deslocar para as cidades onde há hospitais regionais.
“Segundo a portaria da SES, esse repasse para as empresas médicas vai diminuir e, consequentemete, quanto maior o desconto para as empresas, menor será o valor repassado pelo plantão de 12hs aos médicos”, ressaltou outro médico.
A SES sustenta que está apenas definindo “parâmetros para o teto do valor pago às empresas médicas e garante isonomia a serviços iguais, prestados em diversas unidades”
O secretário Carlos Lula acrescenta que, nos casos de redução de 10%, por exemplo, há como manter os valores dos plantões cortando parte dos lucros das empresas médicas.
Por Gilberto Léda