O governador Flávio Dino mostrou-se mais irritado do que o normal nos últimos dias. Motivos não lhe faltam e vão desde a movimentação da oposição no interior – sobretudo as articulações da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) – até as ações judiciais envolvendo auxiliares, no âmbito criminal e eleitoral.
Conhecido pelo temperamento autoritário, Dino mostrou-se esta semana também agressivo, virulento, quase indo às vias de fato. Nas redes sociais, ele deixou o tom cínico e irônico com que comenta as questões políticas por agressão aos adversários, beirando o pessoal, sinal de que terá dificuldades de encarar os reveses da campanha.
Do alto de seu mandato, Dino nunca esperou ser confrontado de forma tão contundente. Pior: sem ter como dar resposta consistente. E as várias frentes que se formaram o tiraram completamente do eixo.
Na caravana que liderou no interior, Roseana Sarney comparou cada ação do seu governo com a falta de ação dos comunistas. E mostrou documentos para provar o que dizia. Em outra frente, Maura Jorge esteve na Região dos Cocais, confrontando o perfil autoritário do governador, do qual já foi vítima.
Sem falar nos discursos ferinos do deputado Eduardo Braide (PMN), mostrando o autoritarismo comunista também na montagem dos conselhos estaduais. Tudo isso fez com que Dino perdesse o controle emocional nesses dias. E a campanha está apenas começando.
Estado Maior